APP-Sindicato realiza em Curitiba Seminário sobre Porte de Escola

Com participação de educadores de todo o Estado, encontro visou a aprimorar proposta; implantação de modelo deve ser gradual

A APP-Sindicato realizou nesta terça-feira (21), na Sociedade Morgenau, em Curitiba, o Seminário sobre Porte de Escolas. Foi a culminação de um processo de consulta à base que começou há mais de dois meses, a fim de que a categoria pudesse sugerir aprimoramentos na proposta do sindicato, que, por sua vez, já nascia a ser mais adequado à demanda da educação do que o modelo posto em discussão pelo governo do Estado. Com a participação de diversos núcleos sindicais, o evento surpreendeu, com a presença de mais de 150 educadores.

A discussão tomou por base a proposta da APP, uma vez que havia entendimento de que, por ser muito restritivo, o modelo apresentado pelo governo encontraria muitas dissensões entre os educadores. O documento da APP propõe, por exemplo, área mínima de 1,5 m² por aluno, contra 1,2 m² apresentado pela Secretaria de Educação. A APP propõe também um número menor de alunos por turma nos diversos níveis de ensino. Além das regras gerais, sobre número de servidores segundo a demanda, foram debatidos ainda os portes para instituições que se dedicam à educação de jovens e adultos, educação profissional e de educação especial.

A presidenta da APP, Marlei Fernandes de Carvalho, observou que o porte de escolas vigente é ainda o velho e sucateado modelo do governo Lerner, durante o qual a então secretária, Alcyone Saliba, desprezou um estudo encomendado ao Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), que recomendava o aumento na infraestrutura e do quadro de servidores, e impôs um padrão que hoje representa escassez de vagas no ensino médio, superlotação e falta de professores e funcionários.

Com delegação da categoria, a APP passará agora a discutir com o governo a adoção de um porte de escolas que possa contemplar as necessidades efetivas da educação. Marlei e a secretária Educacional da APP, Janeslei Albuquerque, alertaram, porém, que, diante da proposta que os educadores consideram adequada e das condições atuais, as negociações devem incluir uma implantação gradativa do novo porte.

Janeslei lembrou ainda que as definições de porte de escolas podem receber impacto do que for decidido no Plano Nacional de Educação (PNE), em votação no Congresso Nacional, que prevê expansão de matrículas em todos os níveis de ensino.

Núcleo Sindical Maringá esteve representado

11 educadores (funcionários/as, diretores/as, pedagogas) de Maringá e região participaram do Seminário sobre o Porte de Escolas realizado na última terça-feira, em Curitiba. Eles/as levaram as propostas debatidas pela APP Sindicato e também por suas respectivas escolas afim de contribuir com o debate e ajudar a elaborar uma proposta da categoria para o porte de escolas.